NOVO blog: MuriloCorrea.com

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MuriloCorrea.com

Abraço e te vejo por lá!

Tudo novo

Essa é a frase que combina com o meu ano de 2009. Foi o que eu pedi. É o que está acontecendo. Na verdade, o início das mudanças começaram lá no meio de 2008 e que, de certa forma, contribuíram para que outros acontecimentos tivessem reflexo nesse ano. Mudanças são sempre bem-vindas mas, por outro lado, tê-las em excesso pode se tornar um problema se ainda somadas com inexperiência em certas situações. O importante é manter a calma e seguir em frente.

Começarei falando da faculdade. Finalmente depois de quatro anos e meio terminei o meu curso de Bacharel em Análise de Sistemas. O atraso de meio ano foi pelo fato de que fazer todas as cadeiras oferecidas no semestre em paralelo com o meu antigo emprego iria me sobrecarregar demais. Isso sem falar do alto custo. Mas finalmente, depois de ter passado em todas as cadeiras e, óbvio, no TCC... tudo acabou em festa!

Festas que se prolongaram até o início de 2009 literalmente. Isso porque passei o Reveillon com meus amigos. Foi regado a muita alegria, diversão, champanhe, mandingas, uvas, lentilhas, muitos pedidos e, ainda por cima, em Florianópolis... mais precisamente na Avenida Beira Mar. Sem falar, obviamente, que Juliana, Lencia e Tiago foram mais que ótimas companhias.

Amigos... não quero e não cabe a mim entrar na definição da palavra. Todos tem para si o que essa simples palavra representa. Uma simples palavra que é indispensável na vida de qualquer um. Entretanto, uma comparação: amizade é um relacionamento e todos os relacionamentos estão suscetíveis a erros, a acertos, a ajustes e, ou até mesmo em último dos casos, a rompimentos que podem ser temporários ou não. A vida segue e acredito que as pessoas possam vir a se cruzar num futuro - distante ou não - se a vida assim o quiser.

Não, não vou esquecer da minha família com certeza. Pais que sempre me deram forças, que sempre estiveram ao meu lado foram e continuarão sendo o meu alicerce. Problemas todas as famílias, sem exceção, tem. Apesar de tudo, digo com firmeza que nunca vou olhar para trás com pesar e ressentimento. Sou realmente um cara de sorte e agradeço a Deus pela família que tenho.

Bom, quanto ao lado profissional da história, eu já estava trabalhando há mais de seis anos na empresa que, a propósito, foi o meu primeiro emprego. Acredito que acabou totalizando sete anos de muito esforço e dedicação. Aprendi muito e com certeza tenho muito ainda a aprender. Conheci pessoas - e grandes pessoas! - que desejo muito sucesso. Assim, devido ao longo tempo de trabalho na mesma empresa, uma das minhas premissas era que, quando eu terminasse a faculdade, eu iria em busca de novos desafios como, por exemplo, mudar de cidade e, se possível, de emprego. Isso acabou se tornando um sonho, um desejo, uma necessidade.

E não é que isso realmente aconteceu?! Entrevistas lá, entrevistas aqui, entrevistas acolá e finalmente fui chamado para trabalhar em uma multinacional em Porto Alegre. Juntei a fome com a vontade de comer. Isso ocorreu nos últimos meses de 2008.

Pronto! Correria instaurada! Com muito esforço, em Janeiro de 2009, finalmente coloquei os meus pés na tão sonhada capital. Novos colegas de trabalho, novos ares, novos lugares, novas pessoas, novo endereço, novo clima... TUDO NOVO!

Até achar um lugar que eu pudesse dizer que era o meu canto, tive de ficar em hotel. Simples, muito simples, mas era um hotel. Todos os finais de semana eu pegava as minhas malas, fazia check out e voltava para Pelotas. No caminho inverso, todos os domingos a tardinha eu pegava a estrada para POA, check in no hotel e malas no quarto. Isso durou em torno de três meses. Imagina a confusão! Imagina o cansaço! Hoje eu moro em um kitnet. Apesar de ser pequeno, tem tudo o que um trabalhador solteiro precisa.

Buenas, falei, falei, falei... e onde eu queria chegar? Simples. A minha vida mudou completamente.

Eu morava com meus pais. Na verdade, a vida inteira morei com eles. Todo o dinheiro que entrava era lucro. Eu tinha toda a mordomia que a casa dos pais oferece. Todos os meus amigos ficaram lá. Toda a simplicidade de uma cidade pequena ficou para trás. Tudo era mais barato. Tudo era mais próximo. E o coração? Pois é, o fator distância sempre me perseguindo e me pregando peças.

Hoje, abrindo os meus olhos, sou um solteiro numa cidade grande. Agora, mais que nunca, repleto de responsabilidades. Tenho contas para pagar, o que me faz calcular os centavos até o final do mês. A solidão às vezes bate na porta e muitas dessas vezes é difícil de não deixá-la entrar. Tudo é muito recente. Tudo é muito novo. É difícil deixar "o castelo" que você construiu e começar um outro do zero. Ainda mais para um marinheiro de primeira viagem como eu.

E é nessa distância que percebemos os que ficam do teu lado e os que se vão.

Erros... quem nunca os cometeu?

Mas a vida é assim: caminhos bifurcados, cheios de montanhas e vales.

O mundo realmente não pára

Lembro como se fosse hoje o meu primeiro acesso à Internet. Quando tinha 12 anos me apresentaram um navegador web, um cliente de e-mail e um "comunicador instantâneo", sendo este último o recurso que mais me chamava atenção.

Falar com milhares de pessoas ao mesmo tempo em diversas salas de bate-papo - chamadas "canais" - para mim era o início da revolução tecnológica. Nicknames, Canais, Kick, Ban, OP, Voice, ... você lembra destes termos? Caso sim, com certeza você é do meu tempo e sabe que estou falando do protocolo IRC (Internet Relay Chat).

Conheci muitas pessoas através deste meio. Algumas delas carrego até hoje em minha vida. Eu, em conjunto com amigos da cidade, formamos o canal #Zuera na rede BrasNET (na época era a rede que mais estava crescendo em termos de usuário e tecnologia). O canal era composto por um seleto grupo de pessoas que, com o tempo, este número foi gradativamente aumentando. Nele encontrei uma garota que tinha como apelido (nick) GaRoTa_De_FaSeS que, apesar da distância que existia - e ainda existe entre nós -, com certeza vou levá-la sempre comigo.

Eu era um daqueles que adorava criar comandos mirabolantes e até já tinha o meu próprio projeto de um script para mIRC (cliente de IRC mais usado) apelidado de eXploit que nunca foi lançado pois sempre havia melhorias e... no final das contas eu nunca tinha paciência de ficar atualizando.

Com o passar do tempo, muita coisa foi mudando, tecnologias foram criadas, novos meios de comunicação foram surgindo e comecei aderir ao ICQ, posteriormente ao MSN e, em seguida, ao Orkut. E o IRC? Bem, como estas novas tecnologias permitem uma integração maior com outros recursos e melhor conversação incluindo fotos, vídeo, voz, emoticons, winks; acabou ficando em segundo plano até eu não utilizá-lo mais nos dias de hoje.

Enfim, os fatos compartilhados acima foram possíveis devido a presença da rede BrasNET na minha vida e na dos usuários brasileiros de IRC. Infelizmente a BrasNET hoje não opera mais. É, morreu... Essa notícia me fez lembrar de vários momentos passados e alguns deles foram compartilhados nos parágrafos que você leu há alguns instantes atrás.

Fez-me pensar que tudo é tão rápido e tão mutante que nem sequer percebermos.

Hoje posso estar falando por aqui... e amanhã?

Mais informações:
Brasnet - Wikipédia
Fim da Rede Brasnet | aluisiosaboya.com
Via6 - Fórum - Fim da Rede Brasnet